terça-feira, 2 de março de 2010

MEC reprova a educação no Ceará

MEC reprova a educação no CEARÁ

Nenhuma cidade do CEARÁ possui nota acima de cinco no indicador do MEC que avalia a qualidade de ansino. A questão faz parte da pauta da Conferência Estadual da Educação, que teve início nesta quarta (07/11) e que irá elaborar im plano decenal para o Estado.

Após uma série de reuniões preparatórias, o evento definirá os rumos da educação do Estado nos próximos dez anos. Como resultado da conferéncia, será elaborado um plano decenal, cuja aprovação depende da Assembléia Legislativa.

O desafio é grande. Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que avalia a qualidade de ensino no País, revelam que nenhum dos municípios cearenses atingiu a nota 5 nos anos iniciais do ensino fundamantal, em uma escola de 0 a 10.

O Ceará obteve 3,2 como média, a mesma nota de Fortaleza. O bloco das cidades com o pior resultado é formado por Monsenhor Tabosa (1,7), Salitre (1,8), Ipu (2,2), Lavras da Mangabeira (2,2), Tamboril (2,2), Ipaumirim (2,3), Mauriti (2,3) e Umari (,3). Emtre os problemas enfrentados pelos gestores educacionais destes municípios, destacam-se os altos índices de analfabetismo, a baixa escolaridade dos pais e a falta de infra-estrutura adequada.

Esse foi o quadro com que Fátima Chagas, diretora de educação do município de Tamboril, distante 329 quilômetros da Capital, deparou-se ao assumir o cargo, em 2005. Segundo ela, cerca de 42% dos alunos matriculados na 8ª série eram anlfabetos. Mesmo assim, a aprovação era automática, sem qualquer controle. Em algumas escolas, afirma, os alunos chegavam a ter 120% de presença, ou seja, tinham mais presenças que o número de alunas no ano. "Quando assumimos , não havia reprovação nem abandono no município. Os alunos passavam de modo automático. A repetência e a evasão aumentaram porque passamos ater um controle maior sobre os dados. O número de matrículas, que era de 11 mil em 2006, caiu para 8,5 mil, em 2007 . Os alunos eram transferidos, mas as escolas não davam baixa", explica a diretora.

Para tentar mudar a situação, Fátima revela que foram criados dois programas de alfabetização, um para os alunos que chegam ao ensino fundamental e outro para os alunos que estão prestes a concluir. O resultado, afirma, seá conhecido depois na próxima edição da Prova Brasil.

O secretário de educação do município, Gilson Luiz, afirma que, além do grande número de alunos analfabetos, Tamboril enfrenta outros desafios, como a baixa instrução dos pais e a má formação dos professores. "O município é pobre, os pais têm baixa instrução. Isso pode ter contribuído, mas falta ainda um diagnostico sobre os alunos. Ainda funcionam escolas em situação precária. Ainda há dando aulas para várias sérias em um local só" informa.

A educação no Ceará - Por dia, mais de 1,1 mil alinos do ensino nédio e fundamental abandonam os estudos em todo o Estado. Em quatro anos (2001-2005). as taxas de aprovação cairam de 82,1% (fundamental) e 80,9% (nédio) para 79% e 72,5%, respectivamente. Entre 2001 e 2006, 692 escolas da rede privada de ensino fecharam suas portas. Na rede pública de ensino, a queda no número de matrículas foi de 2,2%, entre os anos de 2005 e 2006. A maior diminuição foi registrada na educaçaõ infantil (-7,2%). 1,6 milhão de cearebses não sabe ler nem escrver. 4,8 mil alunos estão matriculados em escolas indígenas. Fontes: Censo Escolar, Pnad 2006 e Anuário Estastíco dp Ceará.

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